Projeto de expansão do ramal ligará Dourados e Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá

A privatização da Ferroeste deve beneficiar a cadeia logística do estado, tornando-a mais eficiente e moderna, com ganhos diretos à cadeia produtiva do agronegócio. A avaliação é do governador do Paraná Carlos Massa Ratinho Júnior. Em entrevista exclusiva, o chefe do Executivo falou ao vivo com o Canal Rural na quinta-feira (08), um dia após o envio de um projeto de lei que autoriza a privatização da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. (Ferroeste) à Assembleia Legislativa. A entrevista ao telejornal Mercado & Companhia foi ao ar em rede nacional direto na Agroleite, em Castro, onde o Canal Rural realizou o Painel Agro 2024.

Com a privatização, segundo o governador, a ferrovia seria ampliada até Dourados e Maracaju, no Mato Grosso do Sul, chegando até o Porto de Paranaguá. “Estamos com a maior obra portuária do Brasil no Porto de Paranaguá, ampliando o carregamento de 180 vagões/dia para 900 vagões/dia, gerando um ganho em escala de 30%. Isso tem feito com que o Paraná atraia muito investimento com novas indústrias do setor de produção de alimentos do mundo todo”, contou o governador do Paraná.

A Ferroeste é uma estatal responsável por 248 quilômetros de ferrovia entre Guarapuava e Cascavel. Criada em 1988 como empresa privada, transformou-se em sociedade de economia mista em 1991 por conta de uma lei e passou a ser administrada pelo governo estadual.

Durante a entrevista, Ratinho Júnior destacou também a importância da Agroleite e da bacia produtora de leite em Castro, que se coloca hoje com a maior do Brasil e defendeu a agroindustrialização do leite e de outras culturas. “A Agroleite é referência em produção leiteira, trazendo sempre ciência, tecnologia e inovação. E precisamos muito disso, pois não queremos mais apenas vender soja e milho para engordar porcos asiáticos, queremos vender sim produtos com maior valor agregado”, pontuou.

FONTE: REVISTA FERROVIÁRIA